Uma questão curiosa vem circulando nas rodas de bate-papo da Praça Juracy Magalhães: O que tem causado o marasmo e a falta de atividade na cidade?
Quem tem boa memória relembra com saudade o reboliço e a agitação que inundavam Cipó nas datas comemorativas e no período de férias. Hoje o que sentimos nas ruas é um clima de cidade fantasma de filme de faroeste. Nada de turistas entusiasmados, nada de comerciantes empolgados com as vendas... Até mesmo os cipoenses que saíram da cidade para estudar ou trabalhar se entristecem ao retornar. Uma onda de abatimento coletivo estaria assolando os munícipes? O poder público teria alguma coisa a ver com isso?
O certo é que em cidades próximas como Ribeira do Pombal, que evidentemente não goza de um potencial turístico como o nosso, mesmo às altas horas da noite, ainda encontramos bares e restaurantes abertos. Um cipoense freqüentador de bares que não quis se identificar, se queixa: “A maioria dos donos de bar de Cipó não sabem atender bem os clientes. Fora isso, faltam opções na cidade”.
Existe ainda o grupo dos turistas desavisados. Aqueles que vêm a Cipó por indicação e acabam se arrependendo. Incluído nesse grupo, o estudante soteropolitano Marcos Sá confessa: “Fui à cidade uma vez no ano passado porque um colega de faculdade me falou maravilhas. Mas quando cheguei à impressão foi outra. Nem o bode assado de que falaram consegui encontrar”. E o problema não é só gastronômico. Ele completa: “Cipó é muito bonita e arborizada. A arquitetura da praça, as belezas naturais... mas não há muito para se fazer, principalmente à noite”.
A pergunta do título vai continuar sem resposta. As causas podem ser muitas: Falta de investimento em ações de lazer e entretenimento, descaso ou até desinteresse da própria população. A atração mais forte para que decide visitar a cidade é uma só: A certeza de encontrar aqui uma turma sempre disposta a quebrar o tédio e inventar uma maneira de continuar apaixonada por Cipó.
Matéria: Redação do VS NOTÍCIAS / Postagem: Vinicius Silva
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